Caminhos por onde andei 

Percursos imagético-discursivos vividos ao longo de uma disciplina.

Tudo começou com uma curiosidade sobre essa área da qual havia ouvido poucas vezes, a psicologia ambiental. Não sabia o que esperar, mas me parecia interessante. Matriculei-me na disciplina e assim começou uma das jornadas mais transformadoras da minha graduação.

Quando eu tentava definir psicologia ambiental na minha mente, consigo lembrar que me vinha, primeiramente, a ideia de que essa área estuda apenas o que Melo (1991) vai chamar de nível arquitetônico. Acho curioso que esse tenha sido meu pensamento, considerando que, se há psicologia, eu deveria necessariamente pensar, também, no nível pessoal. O que quero dizer é que eu pensava na área enquanto estudo do ambiente em si, e não de sua interrelação com o ser humano. 

Apesar de sempre ter percebido como os ambientes ao meu redor me afetava e já ter conversado sobre, certamente não havia a complexidade de pensamento ou de percepção que só pensar à luz dessa área nos permite. Eu sempre soube que os locais possuem uma função (Melo, 1991), mas não havia pensado em como essas também afetas nos papeis ocupacionais (Canter, 1977) e, consequentemente, no comportamento das pessoas diante de situações quaisquer.

Os debates e aulas iniciais da disciplina foram fundamentais para dar estrutura ao pensamento que tenho hoje quando tento olhar algum problema pela perspectiva da psicologia ambiental. Contudo, a importância de tentar pensar todos esses conceitos ao tentar montar meu portfólio, reflexões e fotografias foi, para mim, muito maior. Nas primeiras fotos que tirei, eu estava em Goiânia, Goiás.


 Fui passar uns meses lá com o meu namorado e sua família. Ele mora num condomínio rodeado de árvores, grama, campos em que os cachorros podem correr e nós podemos fazer piquenique. Eu passei meses tendo tanto contato com a natureza, oportunidade de estar em um lugar aberto, que chegar em casa foi um baque. Por isso, eu comecei a reformar o meu quarto (Veja a aba "Meu Quarto") para adequá-lo a todas as minhas mudanças. Lixei, forrei, pintei, esfreguei, movi, pensei... Foi um processo cansativo, mas lindo. A mudança no meu bem estar dentro do meu próprio quarto foi incrível. E eu acredito que se eu não tivesse entrado em contato com essa disciplina, talvez esse processo de proatividade para mudança tivesse demorado a acontecer.

As lives também foram de bastante aprendizado. Ouvir o Lucas Heiki, o Uirá e Claudia Pato falarem sobre temáticas tão relevantes foi sensacional. É emocionante e gratificante perceber que mesmo diante do transtorno que estamos vivendo, pude aprender tanto com pessoas tão longe. 

Pensar sobre as escolas anticovid, sobre espaço pessoal e tantas outras temáticas me mudou por completo. A reforma do meu quarto foi apenas um dos efeitos visíveis. Desde pensar mais ecologicamente, ou refletir sobre todas as formas geométricas que estão ao meu redor, e até mesmo sobre minha percepção dos resíduos e minhas práticas, a mudança foi geral. Passei a dar mais valor e a entender melhor sobre coleta seletiva e sobre diminuição do uso de plástico, por exemplo, apesar de já me preocupar antes. Apesar de sempre ter visto a importância, passei a querer saber ainda mais sobre energia limpa e sobre alternativas mais sustentáveis. Assistir aos documentários, filmes, ler os livros. Ufa! Foram tantas coisas, mas tão especiais. 

Essa disciplina não só me ensinou tantas coisas importantes ou acrescentou às minhas reflexões, como também operou uma mudança profunda em mim e, por isso, serei eternamente grata. Preciso admitir que, pelo estresse do dia a dia pré-pandemia ou mesmo desavenças na universidade, eu já estava esgotada e sem muita abertura para tantas coisas, apenas com o desejo de concluir. Essa disciplina foi, então, uma completa surpresa, não porque acreditasse que seria ruim, mas que talvez pudesse ser mais do mesmo. E não foi. Escrevo essas últimas linhas com um sentimento de felicidade por ter vivido esses meses, e de tristeza por estar acabando. São muito poucas as vivências na universidade que me deixaram com essa certeza de que vai dar saudade e uma satisfação imensa. Por isso, muito obrigada ao coletivo de professoras. Por todos os ensinamentos, as oportunidades, as reflexões e pela mudança. 

De todas as minhas fotografias, foram essas as que mais me marcaram, não só em relembrar ou pensá-las à luz da psicologia ambiental, como também por todo o significado que elas possuem para mim:



Referências

Canter, D., & Groat, J. (1977). The Psychology of Place Architectural Press.  

Melo, Rosane Gabriele C. de. (1991). Psicologia ambiental: uma nova abordagem da psicologia. Psicologia USP, 2(1-2), 85-103. Recuperado em 08 de novembro de 2020, de https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51771991000100008&lng=pt&tlng=pt.


Verde, pra que te quero?

Compilado das minhas fotografias e reflexões. 

Acredito que de todas as reflexões às quais fui desafiada durante essa disciplina, essa foi a que mais tocou numa parte de mim que sempre esteve lá, um tanto apagada, mas lá. 

Desde pequena, achava invejável as cidades que eram cheias de árvores, gramado, flores, calçadas com grama e tudo o mais. Também, ficava aliviada quando percebia que eu não vivia num lugar como a cidade de São Paulo, com aquele céu e poluição que assusta todo mundo. Esses e muitos outros pensamentos que tive tomaram força quando fiz um intercâmbio para a Nova Zelândia em 2015. Foi um completo divisor de águas. Antes, eu achava incrível o estilo de vida americano, o consumismo desenfreado, as cidades ficando mais e mais modernizadas. Até que eu conheci esse país da Oceania, que presa tanto pelo contato com a natureza e o aproveitamento de todos os recursos que o planeta tem a nos oferecer. Lembro de olhar ao redor e ficar encantada com tantos lugares lindos, rolar e deitar na grama, subir em árvores e por aí vai. Não só isso, me recordo de ver fotos da família de um dos melhores amigos que fiz lá, em uma das quais seu pai estava de terno em sua bicicleta indo ao trabalho. Foi um verdadeiro tapa na minha cara e, especialmente, o que me moveu a pensar mais e mais sobre energia limpa, arborização das cidades e tantas outras temáticas tão relevantes. 

A arborização urbana se refere a locais as áreas, as quais, independentemente do porte da vegetação, apresentam-se predominantemente naturais e não ocupadas, incluindo porções gramadas, lagos, etc. Bonametti (2001). Ainda segundo o autor, "podemos dizer, então, que o verde urbano reflete um alto grau cultural da sociedade quando esta entende que a vegetação, assim como o solo, o ar e a água, é uma necessidade do cenário urbano". Me senti contemplada por essa afirmação, pois acredito que, onde moro, não necessariamente há essa necessidade por parte da população. 

A partir da reflexão sobre todas essas questões, acredito que seja importante pensarmos em alternativas para a educação da população sobre a temática e principalmente para se apresentar essa nova perspectiva sustentável, à qual talvez não tenham dado tanta atenção. Quanto a isso, gostaria de comenta que reconheço que muitas pessoas já estão sofrendo demais passando por problemas estruturais, desde classe social até questões de gênero e raça. Por isso, não creio que caiba aqui julgamento a essas pessoas terem ou não pensado sobre cidades e práticas sustentáveis, quando elas só estão tentando sobreviver. Tendo dito isso, trago aqui um exemplo comentado em sala por uma das colegas, o Climate Science. Essa é uma iniciativa criada no Reino Unido e se trata de uma organização sem fins lucrativos que tem como objetivo fazer acessível (tanto pela linguagem, quanto pela gratuidade) conteúdos sobre ciências climáticas. 

Por fim, gostaria de dizer o quanto essa disciplina foi importante para me mostrar que se não tenho acesso ao verde, posso trazê-lo para mim. Tanto usando iniciativas como o app Cataki, para pôr em prática a coleta seletiva, como também me engajando em discussões sobre o uso de bicicletas e construção de ciclovias em minha cidade. Além disso, e principalmente o que tem me mantido sã, trazer mais plantas para a minha casa e o meu quarto. Sou absolutamente grata às professoras e à estagiária a docência por terem nos guiado nesse caminho lindo da psicologia ambiental e nessas reflexões e provocações tão importantes para nós e nosso planeta. 


Referências

Bonametti, J. H. (2001). Arborização urbana. Terra e Cultura, 19(36), 51-55.

Site citado, da Climate Science: https://climate-science.com/

Mundo (Em)quadrado

Compilado das minhas fotografias e reflexões. 

Lembro-me da primeira vez em que parei para refletir sobre formas geométricas no mundo e como eu percebo-as. Foi após assistir a um vídeo de um canal que amo, Kurzgesagt - In a Nutshell, que fala um pouco sobre o que é a percepção de beleza e porque coisas bonitas nos deixam felizes. Apesar de não ser o foco dessa exposição, vou colocar o vídeo abaixo, caso se interessem:

Em certo momento do vídeo, o autor traz que um dos fatores que nos ver beleza em algo é a simetria. Após lembrar disso,  passei a me perguntar: Será, então, que temos tantos (em)quadrados ao nosso redor por conta da simetria? Logo abandonei esse pensamento, ao me dar conta de que outras formas podem então ser simétricas. Porém, o fato de que eu imediatamente pensei em "quadrado" como sinônimo de simetria, me chamou atenção.

Esse vídeo, em si, traz muito sobre psicologia ambiental, e algo muito interessante é o momento em que o autor diz que, muitas vezes, nós acabamos dando preferência ao que é funcional ao invés do que é visualmente e espacialmente agradável para nós. Foi, então, que me dei conta. As casas tão quadradas, os prédios, os estabelecimentos, todos assim o são pela função maior de que todos e todas nós caibamos um ao lado do outro, de forma a economizar espaço. Por mais que eu ache incrível o fato de que nesse mundo vasto, tantos bilhões de pessoas existem, me perdi pensando em como seriam as construções num mundo com menos pessoas. Teríamos mais ocas, talvez? Espaços mais circulares? 

De maneira geral, ter sido posta nessa posição de ter que refletir sobre a temática foi muito interessante para mim. Me dei conta de como, muitas vezes, eu tendo a não gostar do visual de algo ou me sentir confortável em algum lugar por quão "quadrado" ele é. Porém, me peguei percebendo, também, como vejo beleza em tantos (em)quadrados. É de alguma forma prazeroso ver um azulejo ao lado do outro, e a combinação de todos eles juntos. É prazeroso ver, na minha tábua, todos os vegetais em cubinhos. É prazeroso ver o encontro entre as paredes e o teto tão reto, sem imperfeições. 

Apesar de desejar que mais formas pudessem ser presentes no meu espaço, acredito que devo aceitar a vigente a fim de viver em paz. Não sendo assim, acredito que enlouqueceria. Meu computador é quadrado, o interruptor da tomada é também. Minha televisão, minha cama, minhas paredes, meu chão, meu guarda roupa, meus quadros, meus cadernos, meus papéis, minhas fotografias, minhas bolsas, meu espelho, minha porta, meus livros... Ufa! Mesmo que pareça sufocante, o conjunto de tudo é muito satisfatório e especial pra mim. Apesar de ter como ideal de beleza um espaço com variedade de formatos, consigo apreciar meu cantinho do jeito que ele é, (em)quadrado. 

Acredito que a minha relação com a minha casa mudou bastante após a pandemia. Antes, esse espaço parecia de certa forma acolhedor. Após alguns meses em quarentena, passou a ser um pesadelo. Hoje, após a reforma no meu quarto, e algumas pontuais em minha casa, voltei a me sentir confortável e apreciar esse lugarzinho que é meu. Minha casa foi meu maior exemplo de como tentar pensar positivamente é extremamente importante no enfrentamento de crises. Talvez, se eu tivesse focado em tudo de negativo que há na minha casa - na falta de ver árvores, de ter um teto mais alto, um quintal maior - eu não tivesse com minha saúde mental como está hoje. Pensar positivo foi e continua sendo essencial para que eu sobreviva a essa pandemia. Por isso, o mesmo faço com meu cantinho. Mudei-o para aproxima-lo do que considero belo e confortável atualmente, e decidi que aceitaria todas as formas ao meu redor. Essa reflexão poderia ter sido muito mais negativa, tivesse eu focado em como já cheguei a me sentir enclausurada, "blocada". Decidi pensar de maneira diferente. O (meu) mundo enquadrado pode não ser o meu ideal de belo e agradável mas, se é o que tenho, que ele seja o melhor possível.  

Referências

Kurzgesagt, In a Nutshell. Por Que Coisas Bonitas nos Fazem Felizes - A Beleza Explicada. 2019. (7m36s). Disponível em: <https://www.youtube.com/watch?v=-O5kNPlUV7w>. Acesso em: 02 Agosto. 2019.


Lixo

Compilado das minhas fotografias e reflexão sobre a temática de geração e gestão de resíduos. 

Essa galeria é o resultado do meu projeto de fotografias com reflexões acerca do "lixo". Eu quero começar a minha análise falando sobre a primeira foto que postei, que foi bastante literal, de uma lixeira. Para mim, o fato de eu ter começado assim e, na segunda foto, já ter feito uma reflexão muito mais profunda, foi um grande avanço. Percebi como vários museus expõem objetos históricos para passar cultura, enquanto algumas pessoas podem achar que são apenas objetos sem qualquer utilidade, que podem ser descartados, logo, "lixo" para o senso comum. Para mim, os museus são o exemplo claro de como podemos ressignificar coisas sem "utilidade" prática e transformá-las, reconhecendo seu valor. 

Minha sequência de fotografias também me deixam bastante orgulhosa do meu olhar e esforço em pensar a temática. Precisar me envolver na atividade não só me fez pensar questões de fotografia - ângulo, luz, de acordo com o que quero passar -, como também abriu meus olhos para tantos tipos de resíduos que tenho ao redor da minha casa. A fotografia dos objetos dentro da caixa, por exemplo, me faz pensar como fazemos uso de tantos materiais que se degradam tão facilmente, apenas para termos que comprá-los novamente. Essa garrafa roxa da foto, por exemplo, rapidamente enferrujou. Isso é uma alerta, ao meu ver, ao consumo consciente, em que as escolhas de quais produtos se está comprando fazem toda a diferença, uma vez que um de boa qualidade pode também indicar uso por mais tempo. 

Já a foto das cascas de batata me fazem lembrar de receitas que já vi na internet de caldos para sopa usando cascas de vegetais, as quais são super nutritivas. O papelão, da quinta semana, é utilizado sempre pra minha mãe na confecção das caixas por aqui. Minha mãe, inclusive, é um dos meus maiores exemplos de preocupação com o meio ambiente. Ela que nos ensinou a ser alerta ao consumo de energia, de água, de uso das cascas dos vegetais, enfim. 

As duas últimas fotografias são também muito significativas para mim pois são exemplos de reutilização para o dia a dia. Eu poderia ter comprado uma lona para cobrir o chão do meu quarto, e jogado esse plástico do colchão "fora". Ou, quanto às plantas, elas poderiam vir em sacolinhas, como em tantos outros lugares. O fato de o que é mais comum de se ver não estar sendo seguido me traz esperança. Tenho esperança de que, aos poucos, com cada um/a de nós fazendo nossas partes, podemos fazer alguma diferença nesse planeta que já destruímos tanto. 

Um filme que me veio em mente ao pensar sobre a temática foi Wall-E, da Pixar. Essa é uma animação espetacular que mostra a história do robôzinho Wall-E, que coloca resíduos em sua "barriga" e expele cubos de resíduos espremidos. O filme traz uma realidade em que a humanidade está vivendo dentro de espaçonaves, e o planeta terra está todo coberto por resíduos. Para mim, as cenas desse filme são bastante ilustrativas de nossas discussões acerca do destino do lixo e de como não há um "fora".

A fim de levantar uma reflexão sobre como a população percebe o lixo, eu trouxe os dados da pesquisa de Cortez, Milfont, & Belo (2001). Viu-se que as pessoas tendiam a associar, no início do século, o lixo muito mais a aspectos negativos do que positivos. Por exemplo, o mau cheiro e o descuido e falta de política de coleta seletiva (o que, na época, era um problema ainda maior, com mais de 3/4 do lixo nacional em céu aberto).  Atualmente, 104 cidades do estado de Pernambuco ainda utilizam lixões, o que é uma situação bastante preocupante. Talvez a percepção negativa do lixo seja prevalente na população pernambucana. Diante disso, vemos o quanto políticas de coleta seletiva e educação da população são importantes. Isso porque, pensando através da psicologia ambiental, acredito que o affordance que uma rua com lixos jogados dá para algumas pessoas é de que um resíduo a mais jogado ali não fará diferença.   

Quero terminar essa postagem falando sobre a gratidão que eu sinto. Gratidão a cada resíduo, a cada plástico, papel, pano que utilizei. A cada fruta e vegetal que comi. A reflexão sobre resíduos não só me fez atentar para a importância de manejá-los corretamente, como também à importância que eles têm para mim. Na automaticidade do dia a dia, podemos não perceber a grandiosidade das pequenas coisas. Acredito que essa "vista grossa" é também o que me levou a pensar que tudo bem consumir tanta água com gás, já que plástico é reciclado "de qualquer forma". Por isso, reconhecendo que é preciso mudar minha perspectiva, sou grata ao "lixo". 

Referências

Cortez, J. C. V., Milfont, T. L., & Belo, R. P. (2001). SIGNIFICADO PSICOLÓGICO DO LIXO: UM ESTUDO COM REDES SEMÂNTICAS NATURAIS 4/5/6. PSICO-USF, 6, 21-28.

Papel reciclado: Faça o seu!

   Durante a semana, fiquei refletindo bastante sobre a temática e resolvi postar aqui um vídeo que encontrei e achei sensacional, que pode nos ajudar a pensar soluções para o problema do uso das embalagens de plástico: 


Lixo: De onde vem, para onde vai?

Uma reflexão sobre resíduos e nosso papel enquanto sociedade. 

   Para começar a discussão sobre o "lixo", precisamos discutir sobre o significado desse termo. Como usado no senso comum, lixo é algo descartado, sem uso, indesejado. No entanto, sabemos que para diversos materiais, é possível a sua reutilização. Então qual seria o termo adequado para defini-los? Resíduo. Um resíduo é qualquer material já utilizado e que tem a possibilidade de ser reciclado e reutilizado, ganhando uma nova função após seu tratamento (como as bolsas que minha mãe fazia para mim, a partir da anilha das latas de refrigerante). Já quando nos referimos àqueles materiais os quais não tem mais uso e não podem ser reciclados, chamamos de dejeto. 

    A princípio, sabendo das diferenças de significado desses termos, podemos ver que dois deles já nos sinalizam etapas de um processo. Resíduo e dejeto. O processo ao qual me refiro é a gestão de resíduos, em que se recolhe os resíduos das casas e empresas, separa-os e trata-os, para que sejam encaminhados para usos futuros (Fonte: Meu Resíduo). No final desse processo, o que sobra é o dejeto. Ele pode ser levado para aterros sanitários, onde camadas e camadas de materiais são prensados e sobrepostos em terrenos pré-selecionados. Tendo isso em mente, vemos que o lixo "descartado" tem um destino, e está dentro do nosso planeta.

   Sabendo que os resíduos não são descartáveis, precisamos repensar nossas práticas de consumo. Refletindo sobre o assunto, eu percebi o quanto a possibilidade de se reciclar o plástico me fez, de certa forma, justificar o porquê de eu continuar consumindo-o, como se em continuar a usar, necessariamente todo o plástico fosse ser usado no futuro. No entanto, após assistir ao documentário Oceanos de Plástico, de Craig Leeson, me deparei com uma informação que me assustou e estourou a bolha de conforto na qual eu estava inserida. Em certo momento do documentário, ele afirma que, na realidade, apenas uma fração de todo o plástico que despejamos é de fato reciclado. Faz muito sentido. Pensando na variedade de usos desse material, em diversas formas e tamanhos, ao redor do mundo, não é possível que consigamos, hoje, reutilizar tudo o que produzimos. Me dar conta disso foi chocante e transformador para mim. Comecei a questionar diversos hábitos meus. Por exemplo, recentemente me apaixonei por água com gás. Eu amo tomar e me satisfaz bastante. O grande problema é que, na maioria das vezes, compro várias garrafas de 500ml. Semanalmente, são diversas garrafinhas que passam pela minha casa. Eu entrei em dissonância cognitiva. Me sentia incomodada com a quantidade de plástico, mas justificava mentalmente que tudo poderia ser reciclado. Se eu penso assim, não creio que estou sozinha. Certamente mais pessoas devem continuar seu uso por acreditarem que a reciclagem consegue dar conta. Mas consegue? Acredito que seja de suma importância que mais pessoas deem-se conta de que a conta não fecha. Não é simples como parece. A produção e uso de plásticos são desenfreados. É importante que comecemos a substituir. 

   Quanto à substituição, no desafio das fotos da semana passada, a minha reflexão referente à temática "Lixo" foi a embalagem reciclada na qual veio a minha plantinha. Já comprei, também, bolos e brownies de uma loja que embalava os doces com papel reciclado, e não interferia no sabor, tampouco soltava papel na comida. Fiquei me perguntando, então, porque tão poucas lojas utilizavam esse tipo de embalagem. Ao pesquisar um pouco sobre o assunto, vi que, para pequenos comerciantes, a compra de embalagens para seu produto específico pode sair mais cara do que de plástico. Portanto, acredito que precisamos, enquanto coletivo, pensar em soluções que derrubem esses valores, caso seja de fato esse um problema.

     Deixo aqui um vídeo canadense com uma reflexão que me chamou muita atenção e que traz algumas soluções para políticas públicas referentes à problemática da geração de resíduos: 


Referências 

Meu Resíduo. O que é gestão de resíduos e qual a sua importância?. Disponível em: <https://meuresiduo.com/categoria-1/o-que-e-gestao-de-residuos-e-qual-a-sua-importancia/>;

Craig Leeson, 2016. Oceanos de Plástico. 

Ruxton, J., Leipzig, A. (Producers) & Leeson, C. (Director). (2016). Oceanos de Plástico [VÍDEO]. Japão: Netflix. 



Casa, Conforto e Pandemia

Uma reflexão a partir da leitura do livro "Casa: uma pequena história de uma ideia", por Witold Rybczynski

   Os raios do sol batem diretamente na parede à esquerda da porta de entrada do meu quarto pelas manhãs, passando pelas brechas do blackout, me relembrando de sempre usar um tapa olho antes de dormir. Sem ele, não consigo ter um sono restaurador, porque o blackout não bloqueia completamente a luz de entrar. Apesar disso, eu acho muito reconfortante o quão  escuro meu quarto chega a ficar com ele. Não gosto, porém, do calor da minha parede ao bater o sol. Por isso, prefiro que minha cama fique perpendicular a ela, encostada na parede adjacente. 

   Falar sobre minha cama e sobre o escuro ou a temperatura do meu quarto tem sido a primeira coisa que faço ao ser perguntada sobre o local. Por algum motivo, essas eram as principais características relacionadas ao conforto para mim. Isso antes da quarentena, claro. Depois de me propor a pensar sobre conforto, tudo mudou. As paredes azul turquesa demais, brilhantes demais, reconfortantes de menos. As cores sem padronização, a falta de um local de estudo, de plantas, de velas, de cheiros, de luzes, de fotos, de lembranças... Ufa! Foram tantas as coisas que passei a sentir falta em meu quarto, nessa quarentena. Meu quarto deixou de ser confortável.  

   Sobre esse conceito de conforto, fala um pouco Witold Rybczynski em seu livro "Casa: uma pequena história de uma ideia". O autor comenta sobre como nós somos nostálgicos/as e tendemos a olhar bastante para o passado no que se refere à decoração de lares (ou alguns/as de nós, ao menos). Isso significa insatisfação com a vida moderna? Apesar de inicialmente não concordar com o que foi posto por ele, minha opinião rapidamente mudou ao perceber que o isolamento social me fez repensar todo o minimalismo dos cômodos. Eu queria pessoalização.

   É interessante, nesse ponto, pensar que no século XVI, a ideia de cada indivíduo ter um quarto, a fim de criar a privacidade, ainda não existia. Esse costume veio surgir mais de um século depois. Antes, não havia privacidade, e os quartos não possuíam funções específicas como hoje. As casas eram lotadas de pessoas. Na Europa, lareiras das casas do séc. XVI só eram presentes em um cômodo da casa. O resto era frio. Percebe-se, assim, quantas coisas mudaram e continuam a mudar. As funções dos cômodos em nossas casas, tão "batidas" para nós, outrora foram diferentes. Diversas coisas mudaram nas casas. Iluminação, climatização, a ergonomia das cadeiras ou mesmo o affordance dando por alguns cômodos para que haja privacidade. Mesmo a frase "Esse quarto é confortável?" não faria sentido antigamente. "O que é confortável?", diriam. O significado da palavra, na língua inglesa, como é hoje, surgiu no século XVIII. 

   Com relação a esse ponto, uma frase que me marcou bastante, trazida por Witold, é de Jean Paul Sartre: "Giving names to objects consists in moving immediate, unreflected, perhaps ignored events on to the plane of reflection and of the objective mind". De fato, ao nomear essa sensação, o conforto do meu quarto, pude perceber a falta dele. Para mim, Sartre estava certo, pois pude perceber como meu quarto não me relaxava propriamente ou me estimulava propriamente, apenas quando dei nome aos bois. Conforto, eu sabia o que era. Mas conforto ambiental, não.

   Segundo a Teoria de Conforto da Cebola, por Witold, o conforto ambiental inclui conveniência, eficiência, lazer, felicidade, prazer, intimidade e privacidade. Uma frase para explicar é: "Eu posso não saber por que eu gosto, mas eu gosto", e no momento, eu não sei por que não gosto, mas não gosto do meu quarto. Por esse motivo, decidi mudá-lo.

   Para iniciar, providenciei uma mesa de estudos e um espaço reservado para ela, ao lado da parede com a janela, por onde entra o sol. As paredes mudarão de cor, com base na psicologia das cores: Passarão a ser uma parede marfim e as outras off-white, me trazendo relaxamento. Os quadros e fotos que irei pendurar, terão as molduras pintadas de preto. Na minha mesa de estudos, colocarei plantinhas, velas, e decorações com detalhes amarelos. No chão, um tapete confortável. Na parede ao lado da cama, além dos quadrinhos, um varal de fotos com amigos/as e família, e alguns pisca-pisca entrelaçados nelas. Por mais improvável que pareça, só o pensamento desse quarto já me traz calma. Deve ser esse o conforto do qual Witold falou.   

Referências

Rybczynski, W., & von Staa, B. (1996). Casa: pequena história de uma idéia. Record. 



Espaços Anticovid, Mudanças Climáticas e Psicologia Ambiental  

De que maneira essas temáticas estão relacionadas? 

   Sabe-se que as mudanças climáticas fazem e sempre fizeram parte da história do planeta terra no que se refere a uma espécie de equilíbrio climático, com a presença, por exemplo, de eras glaciais (Leite, 2015). No entanto, não é novidade que os fenômenos climáticos atuais não se tratam de um ciclo normal e esperado, mas são, na verdade, consequência dos hábitos humanos. Nesse cenário, é interessante pensar no risco do surgimento de futuras pandemias por conta das mudanças climáticas e sua relação com a quebra do equilíbrio dos sistemas. 

   No atual cenário de pandemia devido ao COVID-19, um vírus de alta transmissibilidade pelas gotículas espalhadas no ar, a psicologia ambiental entra em cena com bastante força, ao pensarmos conceitos como espaço pessoal e mesmo affordance. Quanto a esse último aspecto, muito tem se falado sobre possibilidade de adaptação de espaços como restaurantes, praças, bares, para evitar a contaminação. Em alguns shoppings, por exemplo, nas praças de alimentação, as mesas quadradas possuem uma separação perpendicular de acrílico no topo da mesa, para que quatro indivíduos possam compartilhá-la sem correr o risco de infecção. Nas filas, há marcações no chão determinando o espaço mínimo de distância que deve ser respeitado. Todos esses dão um affordance às/aos usuários quanto a como fazer uso do local. Não só isso, o espaço pessoal de certo pode haver sofrido alterações, devido ao medo da contaminação. Essas são estratégias interessantes, mas precisamos relembrar da eficácia dos espaços anticovid.  

   Nos séculos XIX e XX, um enorme problema era a tuberculose. Na época, acreditava-se que a bactéria dessa doença vivia em lugares escuros, fechados, e que era passado pelos ares sujos da cidade. Por conta desse cenário, a arquitetura moderna surgiu, trazendo várias adaptações as quais facilitaram no processo de combate à bactéria. Alguns móveis passam a ser mais valorizados, a estruturação que viabilize a facilidade de limpeza, e principalmente as grandes janelas e sacadas. Ainda, nas escolas, paredes em forma de divisores retráteis eram utilizadas, deixando o ambiente parecido com o que se chamava de "escolas ao ar livre" ou "anti-tuberculose". Eram diversas as escolas ao redor do continente europeu no início do século XX as quais estavam se modificando para a situação que enfrentavam no momento. Um outro exemplo de doença que influenciou bastante na arquitetura das cidades foi a cólera. 

   Pensando nos exemplos acima, e fazendo um paralelo com a quarentena por conta do COVID-19, é plausível admitirmos uma mudança na arquitetura em diversos países? Me parece que sim. Além de necessário e reconfortante poder ver locais nos acolhendo e nos cuidando num momento como esse, acredito que jamais devemos fechar os olhos para um fator de risco para a história se repetir. Já sabemos que mudanças climáticas em decorrência da ação humana potencializam o surgimento de novas pandemias. Queremos viver tudo isso novamente? O "espaço pessoal" não está grande demais (ou pequeno demais, para aqueles/as que dividem a casa com muitas outras pessoas)? 

   Para finalizar, acredito ser importante pensarmos na importância de não só adaptarmos nosso ambiente para combater, literalmente, o vírus, como também fazer mudanças para combater o sofrimento psíquico que tantos/as de nós estamos vivenciando. Os ambientes conversam conosco e, portanto, que façamos dessas, conversas agradáveis e acolhedoras. 


Referências

LEITE, J. C. (2015). Do mistério das eras do gelo às mudanças climáticas abruptas. Scientiae Studia, 13(4), 811-839.

Gerenciamento de Crise e Perspectivas Futuras

Reflexões acerca da live da ABRAPA sobre psicologia ambiental e o cenário de pandemia da COVID-19. 

O webnar da regional Centro-Oeste promovida pela Associação Brasileira da Psicologia Ambiental (ABRAPA) teve a participação do professor Hartmut Günther enquanto mediador e dos/a palestrantes Lucas Heiki, Uirá Lourenço e Claudia Pato, em 27 de julho de 2020. Essa live mostrou-se bastante relevante por tratar da psicologia ambiental no cenário de pandemia do COVID-19.

   Inicialmente, algo que me chamou bastante atenção foi a relação da influência do ambiente e do environmental role em momentos de crise, especialmente em situações de emergência. Heiki (2020) trouxe em sua fala a pesquisa de David Canter sobre o comportamento de indivíduos em evacuação de emergência por incêndio. Segundo ele, é seguida uma hierarquia ao serem dadas e ouvidas as ordens para evacuação. Além disso, notou-se como as pessoas tendem a ter um apego com objetos de valor afetivo, e a maioria das que estavam longe das portas de saída decidiam ir buscar seus pertences (como se a perspectiva de perigo mudasse). Nessa situação, pode-se avaliar o nível arquitetônico de análise da psicologia ambiental,  pensando em como esses edifícios são construídos para oferecer um affordance aos usuários, e se de fato esses seguem o que os/as arquitetos/as tentaram passar. 

    Também, a partir das observações sobre comportamento em crise, há de se pensar estratégias no cenário de pandemia atual: O fato das pessoas estarem saindo de suas casas e indo às praias, tem a ver com a falta do manejo em crise? E o espaço pessoal, conceito teorizado por Canter, aumentou devido ao medo do vírus? E a nossa conceptualization dos nossos lares, pode estar afetada devido ao tempo que se teve que passar em quarentena?   

     Ademais, é trazido na live a temática da sustentabilidade e da relação da sociedade com o meio ambiente natural. Claudia Pato (2020) trouxe durante o webnar que pesquisas preliminares da psicologia ambiental na Europa já apontam para uma necessidade maior da população em estar em contato com ambientes naturais. Fazendo uma analogia com a situação brasileira de praias lotadas mesmo frente a um vírus mortal, é possível pensar em um paralelo. Penso que esse é só mais um exemplo de como os fenômenos geo-psicológicos (Günther & Rozestraten, 2005) fazem falta e são essenciais para a saúde mental de diversos indivíduos, apesar das consequências. 

    Ainda, segundo dados europeus, o dióxido de nitrogênio (NO2) teve os níveis diminuídos em 40% desde o início da pandemia, em comparação ao ano passado. Isso faz Claudia refletir sobre como esses dados podem convencer a sociedade de que a mudança em nossos hábitos pode, sim, impactar o meio ambiente, desenfreando as mudanças climáticas. Nesse cenário, é interessante ressaltar as alternativas de transporte trazidas por Uirá Lourenço e como implantá-las. O uso de bicicletas não só diminui a poluição do meio ambiente, é benéfico para nossa saúde cardiovascular, como também é favorável ao espaço pessoal dos indivíduos, o qual é diversas vezes perturbado ao, por exemplo, se precisar fazer uso de ônibus superlotados. 

    Em linhas gerais, quero terminar essa reflexão com um questionamento que me faço e incentivo você, leitor/a, a fazer também: O "furo" da quarentena que tantas pessoas estão cometendo, ao ir às praias e não só colocarem-se em risco como também as pessoas ao seu redor, pode ter influência dessa necessidade por contato com a natureza? A falta de manejo em crise pode afetar o raciocínio lógico e a tomada de decisão desses indivíduos, ou trata-se apenas de egoísmo e falta de autocuidado conscientes? 

Referências:

Günther, H.; Heiki, L.; Pato, C., & Lourenço, U. (2020). Psicologia Ambiental na pandemia: gerenciamento de crise e perspectivas futuras [Arquivo de vídeo]. Recuperado de https://www.youtube.com/watch?v=jlKC-ITRaH0; 

Günther, H., & Rozestraten, R. J. (2005). Psicologia ambiental: algumas considerações sobre sua área de pesquisa e ensino (Série: Textos de Psicologia Ambiental nº 10).Brasília, DF: Universidade de Brasília, Laboratório de Psicologia Ambiental;

Melo, Rosane Gabriele C. de. (1991). Psicologia ambiental: uma nova abordagem da psicologia. Psicologia USP, 2(1-2), 85-103. Recuperado em 11 de setembro de 2020, de https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51771991000100008&lng=pt&tlng=pt;



A Psicologia Ambiental

Uma introdução sobre a área.

Após a II Guerra Mundial, foi necessária a reconstrução de diversas cidades devastadas. Um exemplo é Hiroshima, no Japão. No processo de revitalização das cidades, percebeu-se, também, que as construções não deveriam atender apenas interesses privados, como também de todas as pessoas que iriam um dia desfrutar dos espaços. Nesse cenário, surge a psicologia da arquitetura, a qual, após um seminário sobre as relações entre o design de alas hospitalares e a recuperação dos/as clientes, passa a ser chamada de psicologia ambiental. (Melo, 1991)

   De maneira geral, esse ramo, que tem como expoente Robert Sommer, possui influência das psicologias da percepção ("conceptualization", por exemplo, é um termo da psicologia ambiental que refere-se às formas de apreensão dos espaços por parte dos indivíduos), social e ecológica, além da ecologia do desenvolvimento humano, arquitetura e planejamento urbano, geografia e das ciências bio-ecológicas. Além disso, a psicologia ambiental tem por objetivo abordar as interações dialéticas entre o ambiente físico e o indivíduo, abrangendo análises de regras ambientais e sociais; papéis ocupacionais (environmental roles, conceito teorizado por Canter, 1977); objetivos e intenções de usuários de um determinado ambiente; função do local e; relação atividade-ambiente. (Melo, 1991)

   Por fim, vale salientar que as áreas sobre as quais a psicologia ambiental se debruça são processos individuais (percepção e avaliação do ambiente, personalidade e ambiente); processos sociais (espaço pessoal, territorialidade, aglomeração, privacidade) e processos societais (comunidade, ambientes específicos como trabalho, viagem, lazer, planejamento de ambientes apropriados, e promoção ambiental/ecológica). 

"We shape our buildings and afterwards our buildings shape us." - Winston Churchill

Referências

Günther, H., & Rozestraten, R. J. (2005). Psicologia ambiental: algumas considerações sobre sua área de pesquisa e ensino (Série: Textos de Psicologia Ambiental nº 10). Brasília, DF: Universidade de Brasília, Laboratório de Psicologia Ambiental.

Melo, Rosane Gabriele C. de. (1991). Psicologia ambiental: uma nova abordagem da psicologia. Psicologia USP, 2(1-2), 85-103. Recuperado em 10 de setembro de 2020, de https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1678-51771991000100008&lng=pt&tlng=pt.



Recomendações 

Tereza Karam é técnica em edificações e psicóloga e possui experiência de 23 anos com o comportamento humano. Em seu website, https://terezakaram.com/, ela destaca que "seu propósito é ajudar as pessoas a criarem um ambiente emocional interno equilibrado e um espaço físico organizado e feliz, respeitando o perfil de personalidade de quem se leva pela vida." No vídeo ao lado, Tereza conta um pouco sobre a Psicologia Ambiental e como entender esta área para melhor entender a nossa relação com o ambiente, nos ajudando, assim, a gerenciar nosso humor e bem estar.


Seja bem vinde! 

Este é um portfólio digital criado como parte avaliativa do componente curricular Psicologia Ambiental e Isolamento Social da Universidade Federal de Pernambuco. 

© 2020 Tauane Pereira de Menezes. Recife. Psicologia Ambiental e Isolamento Social - UFPE
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